Em uma entrevista exclusiva para a Atrê, Pitty fala sobre seus CDs preferidos na adolescência, clipes e até de BBB! Que tipo de música você curtia na adolescência? | Tive muitas fases. Numa delas, ouvia só hardcore do tipo Bad Brains e Dead Kennedys. Em outra, descobri o metal com Black Sabbath e Metallica. Mais tarde, comecei a curtir Ramones e por aí vai. No final, misturei tudo isso com outras coisas diferentes, como Elis Regina e Etta James. Você tem vinis daquela época? Quais são seus preferidos? | Eu tinha vinil quando era criança. Na adolescência o negócio era a fita cassete. Tenho uma coleção enorme de bandas independentes de rock brasileiro da década de 90, por exemplo. Tinha uma coletânea de Raul Seixas que eu amava, e uma do The Wall, do Pink Floyd, que não saía do som. Como esse estilo que você curtia na adolescência influencia o seu trabalho até hoje? | De muitos jeitos. Algumas influências eu nem identifico de cara, mas estão ali. Eu tive a curiosidade de procurar e a sorte de encontrar boa música nessa fase da minha vida. Todas as bandas que ouvi na adolescência, especialmente toda a galera do grunge – Nirvana, Soundgarden, Jane’s Addiction, Alice in Chains, L7 – acabou fazendo parte da minha formação musical e elas me influenciam na hora de compor. Você acha que o tipo de música que uma adolescente curte pode ter um certo peso em seu estilo e personalidade? De que maneira? | No meu caso, as músicas já indicavam o tipo de personalidade que eu ia ter. Ao ouvir aquele tipo de som, tudo se encaixava. A influência pode ser conseqüência de uma predisposição bem natural. Você acredita que acaba influenciando seus fãs com seu estilo próprio e suas músicas? | Eu acredito que eles se identificam, se reconhecem no meu trabalho. Atualmente, que músicos você curte? | De coisa mais nova tem o Muse (que eu amo!), Queens of The Stone Age, Mars Volta, Placebo, Amy Winehouse, The Killers, Portishead, Anthony and the Johnsons. Como e quando você compôs sua primeira canção? | Faz um tempão, nem sei se lembro direito. Mas acho que foi num daqueles festivais de colégio, com uma banda de escola. A gente tinha que tocar música própria e eu já escrevia bastante. Aí, rolou! De onde vem sua inspiração para compor? | Do universo. Sei que é uma resposta ampla, mas é porque vem de todos os lugares mesmo. Muitas vezes, ela nasce de sentimentos dolorosos e angustiantes, é como se fosse um desabafo. Como você se sente na primeira apresentação de um disco novo? | Até hoje, como sempre estive segura de ter gravado discos que naquele momento eram o melhor que eu podia fazer, sempre me senti bem. Ansiosa, claro, pra ver se os meus sentimentos estavam em sintonia com os dos outros, mas tranqüila por ter feito com verdade. E a produção de um clipe? Como surge a idéia de relacionar uma história com uma música? | Eu sempre penso em imagens até quando estou gravando uma música, e é uma delícia poder juntar as duas coisas num vídeo. É escutar o som e imaginá-lo como uma trilha sonora mesmo. |
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